Olimpíada do Conhecimento expõe projetos desenvolvidos em sala de aula
Entre os trabalhos apresentados, um dos destaques foi um robô caracterizado como dançarina, criado por equipe de estudantes do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). Segundo Alice Pereira de Oliveira, 18 anos, integrante do grupo, o projeto já recebeu premiações nacionais e internacionais. A estudante afirma que a oportunidade de fazer um curso técnico ampliou sua visão sobre o mercado de trabalho. “O que aprendi na escola tem aplicação na indústria”, disse.
Outro projeto que chamou a atenção do público foi o bafômetro adaptado dentro de um caminhão. A ignição do veículo é trava tanto no caso de o motorista estar alcoolizado quanto na hipótese de a íris do profissional não estiver cadastrada no banco de dados da empresa.
O professor Igor da Rocha Barros, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IF Sul), diz que foram necessários quase dois anos para desenvolver o projeto, com a participação de três alunos e dois orientadores. “A ideia desse sistema surgiu com a Lei Seca [Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008]”, disse Barros. “O bafômetro já existia. A inovação é o cadastramento da íris dos motoristas. Uma inovação 100% nacional.”
Motor — O Instituto Federal de Pernambuco levou ao Centro de Feiras e Exposições (Expominas) o projeto Motores Translúcidos. É um dispositivo didático, voltado para o aprendizado sobre o funcionamento de um motor de carro em sala de aula. Foram oito anos de pesquisa, com envolvimento de empresas da Alemanha, Itália e Brasil, mais de 100 engenheiros e cerca de mil estudantes.
O professor Nelso Gauze Bonacorso, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), apresentou equipamento muito usado pelas indústrias naval e automobilística, capaz de soldar peças de até 100 toneladas. “Por ser leve (40 quilos) e prático de transportar, o equipamento pode ser levado a campo”, disse Bonacorso. “Um rotor de turbina de avião, por exemplo, não precisa ser desmontado e levado até a oficina, e isso economiza tempo e dinheiro para a indústria.”
Continuidade — O Ministério da Educação e os institutos federais pretendem participar das próximas edições da Olimpíada do Conhecimento, conforme o diretor de desenvolvimento da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, Oiti José de Paula. “Conseguimos uma boa parceria com o Sistema S e não temos a intenção de sair desse projeto”, afirmou.
Ele lembrou que é importante a participação do MEC em competições desse tipo, pois a inovação é importante para o desenvolvimento do país. “Eventos como esse valorizam aos projetos dos institutos federais, pois todo o trabalho desenvolvido ao longo de anos e apresentado aqui na olimpíada tem resultados práticos e reais”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social
Palavras-chave: educação profissional, olimpíada do conhecimento
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