UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
Centro de Educação a Distância

Disciplina: Projeto Multidisciplinar




PROJETO MULTIDISCIPLINAR









Sobradinho/DF
INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO


O trabalho ora apresentado é o relatório final dos estudos realizados sobre a Educação Infantil e as séries iniciais do Ensino Fundamental e suas nuances, bem como a apresentação de atividades lúdicas que poderão ser utilizadas em salas de aula ou em brinquedotecas. As referidas atividades ressaltam a importância do lúdico na aprendizagem, como forma de desenvolver na criança o gosto pelo aprender e a maturação do seu organismo (as funções superiores) que já possui, em potencial cognitivo, tais capacidades.
O presente trabalho acadêmico apresenta teorias que Vygotsky desenvolveu, marxistas para a psicologia, a saber.
Todos os fenômenos devem ser estudados como processos em permanente movimento e transformação. O ser humano constitui-se e se transforma gradativamente ao atuar (pode ser brincando) sobre coisa, sobre a natureza com sua atividade e seus instrumentos.
As sugestões aqui apresentadas de jogos e atividades lúdicas pretendem, conforme as teorias de Vygotsky, a mudança individual, mas que tem suas raízes nas condições sociais de vida.
Assim não é a consciência do homem que determina as formas de vida, mas é a vida que se tem que determina a consciência.
 O professor de Educação Infantil e das séries iniciais, ao propor atividades lúdicas no cotidiano escolar, deve ser alegre, amável e afetivo.
São nossos afetos como educadores que dão o colorido especial a nossas aulas e a nossas vidas, como também à vida dos nossos alunos.
Os afetos se expressam em atitudes, desejos, sonhos, fantasias, expectativas e nas palavras, nos gestos, no que fazemos e pensamos, pois nossos alunos sentem como estamos emocionalmente.
Principalmente, o professor, o educador, como profissional da educação, deve gostar do que faz e acreditar na sua prática docente, para que a mesma seja sua práxis.
As crianças têm que ser estimuladas para que haja a produção de conhecimento e o melhor estímulo é aquele que se dá de forma agradável, prazerosa, enfim, lúdica.
Existem pesquisas de campo sobre a produção de conhecimento e a inteligência das crianças brasileiras e constatam que elas têm sido desenvolvidas com maior intensidade nas duas últimas décadas, por receberem mais estímulos e bem mais cedo serem inseridos nas instituições de ensino e ao interagirem com as outras crianças.
Segundo Mannoni (2006, p. 102) “[...] o déficit cognitivo (quando se afasta a hipótese do comprometimento orgânico) deve ser atribuído simultaneamente à interrupção do desenvolvimento endógeno das estruturas de pensamento e à precariedade de estimulação do contexto sociocultural”.
As atividades lúdicas sugeridas nesta pesquisa são meras sugestões, pois existem inúmeras atividades lúdicas que podem ser desenvolvidas com as crianças e que gerarão o prazer de aprender cotidianamente.


1º Relatório Parcial

A grande contribuição de Froebel reside em seus estudos e aplicações práticas acerca dos Jardins de Infância, dos quais é considerado iniciador.
Partindo dos interesses e tendências inatas na criança para a ação, o Jardim de Infância deve ajudar os alunos a expressarem e a desenvolverem-se, baseando-se naautoatividade. A aquisição do conhecimento está em segundo plano, pois o gesto, o canto e a linguagem são as formas de expressão, sentimentos e ideias apropriadas àEducação Infantil.
A mais luminosa ideia com que Froebel contribui para a Pedagogia Moderna foi a de que o ser humano é essencialmente dinâmico e produtivo, e não meramente receptivo. Uma força autogeradora e não uma esponja que absorve conhecimento do exterior.
A Estimulação Psicossocial como um fator importante na prontidão. É a partir da concepção do ser humano, que vem o processo de desenvolvimento. Cada estímulo é registrado e provoca transformações na estrutura interna do cérebro. Se não forem estimuladas adequadamente naquele período, elas simplesmente não se formam mais, e podem trazer sérias consequências ao desenvolvimento psicomotor da criança. A estimulação faz parte das primeiras experiências como meio que irão interagir no futuro e, portanto, é um período crucial na vida da criança.
Se não for estimulada, crescerá uma criança mentalmente raquítica, segundo Shepherd (1996). O corpo cresce à medida que o sistema nervoso se modifica pelo crescimento. As conexões entre as células nervosas (sinapses) estão na dependência do uso da estimulação.
O objetivo do ensino é sempre extrair mais do homem do que colocar mais dentro dele. A criança não deve ser iniciada num novo assunto se não estiver madura para ele.
Rizzo diz que a maioria das crianças que apresenta atraso em seu desenvolvimento cresce ou vive em ambiente carente de estímulos.
Se não há estímulos, poderá ficar prejudicado tanto em seu desenvolvimento cognitivo quanto motor (RIZZOapudSOUZA e FERRARETO, 1998).
A motricidade, afetividade, intelectualidade, sociabilidade são fatores predisponentes para os distúrbios da escolaridade, pois as atividades psicomotoras ajudam as crianças, em fase escolar, em vários aspectos, como a prontidão para a aprendizagem da leitura e escrita e o desenvolvimento de certas competências e habilidades cruciais na prevenção de dificuldades de aprendizagem.
Os jogos e as brincadeiras são de suma importância para que a criança possa conseguir outras aquisições mais elaboradas e intelectuais.
Para a escola alcançar o real objetivo de ensino, é necessária a estimulação psicossocial para garantir o desenvolvimento da criança.
Educação, para Froebel, é um processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana autoconsciente, com todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza e à sociedade.
Estudiosos importantes sobre a Educação Infantil:

·           Jean Jacques Rousseau;
·            Lev Senyonovitch Vygotsky;
·           CélestinFreinet;
·           Jean Piaget;
·           Pestalozzi I;
·           Pestalozzi II;
·           Maria Montessori;
·           OvideDecroly I;
·           OvideDecroly II;
·           Friedrich Froebel;
·           Emilia Ferreiro.

- A aventura de ensinar, criar e educar - Madalena Freire
(Pedagogia.tripod.com/infantil/aventura.htm)

A educação infantil na LBD 9399/1996 - 20/12/96- Ângela Rabelo


2º Relatório Parcial

Este relatório visa apresentar a importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento do ser humano, numa perspectiva social, criativa, cultural e histórica.
Oportunamente refletir sobre o lúdico para crianças de zero a cinco anos é de fundamental importância para que os docentes compreendam, relacionem as atividades lúdicas ao desenvolvimento das crianças e estabeleçam uma articulação entre a teoria e a prática educativa, com leituras específicas e vivências de atividades práticas, bem como aprendendo a utilizar tais atividades no contexto escolar, propiciando assim um melhor direcionamento do trabalho pedagógico.
Durante as atividades lúdicas, os educadores podem perceber traços da personalidade dos educados, de seu comportamento individual e em grupo, bem como o seu ritmo de desenvolvimento.
Apresentamos inicialmente os jogos e/ou brincadeiras, atividades lúdicas para crianças de 0 a 5 anos.


O tato misterioso (0 a 5 anos)

Idade: 0 a 5 anos
Tempo aproximado: 2 minutos
Jogadores: 1 ou mais
Materiais: 3 caixas de papelão, objetos para serem tocados, tesoura
Desenvolvimento:
1.  Fazer um buraco quadrado de 10 cm de lado em cada caixa, onde se possa colocar a mão.
2.  Colocar, no interior de cada caixa, um objeto que tenha tato surpreendente como: bucha, serragem, sal, folhas de árvores, parafusos etc.
3.  O jogador coloca a mão em cada caixa e adivinha o que está tocando. Recebe um ponto por acerto. Vence o que mais acertar.
Objetivo: o sentido do tato pode proporcionar muitas surpresas quando usado independentemente do sentido da visão; este jogo surpreende muito os mais novos.


Siga a linha

Idade: 6 a 10 anos
Tempo aproximado: 10 minutos
Jogadores: 2
Materiais: papel e 2 lápis de cor diferente
Desenvolvimento:
1.  Desenhar no papel um circuito com uma pista de 4 cm de largura.
2.  Cada jogador, na sua vez, coloca seu lápis na linha de largada, sustentando-o perpendicularmente com o dedo. Em seguida, faz força sobre o papel fazendo uma linha antes de cair.
3.  Na rodada seguinte, repete a operação, tomando como ponto de partida o final da linha que traçou na vez anterior ou o ponto em que saiu do circuito.
4.  O primeiro a atingir a chegada ganha a corrida.
A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhes material adequado, assim como um espaço estruturadopara brincar, permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe, portanto, ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram.
É preciso que o professor tenha consciência de que, na brincadeira, as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em sua atividade espontânea e imaginativa.
A organização de situações de aprendizagemorientadas, ou que dependem de uma intervenção direta do professor, permite que as crianças trabalhem com diversos conhecimentos. Tais aprendizagens devem estar baseadas não apenas nas propostas dos professores, mas essencialmente na escuta das crianças e na compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro na construção do conhecimento.
Para que as aprendizagens infantis ocorram, é necessário que o professor considere:
·      A interação com crianças da mesma idade, e de idades diferentes, em situações diversas como fator de promoção da aprendizagem e do desenvolvimento da capacidade de relacionar-se;
·      Os conhecimentos prévios de qualquer natureza, que as crianças já possuem sobre o assunto, já que elas aprendem por meio de uma construção interna ao relacionar suas ideias com as novas informações de que dispõem e com as intenções que estabelecem;
·      A individualidade e a diversidade;
·      O grau de desafio que as atividades apresentam e o fato de que devam ser significativas e apresentadas, de maneira integrada, para as crianças e o mais próximo possível das práticas sociais reais;
·      A resolução de problemas como forma de aprendizagem. O brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências diferenciadas conforme a maturidade das crianças.

As brincadeiras de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de tabuleiro), jogos tradicionais, didáticos, corporais etc., propiciam a ampliação dos conhecimentos em fases mais avançadas da infância.

A seguir, apresentaremos duas atividades lúdicas indicadas para crianças de 6 a 10 anos de idade:



Brincando com o barbante

Objetivos: a dinâmica é uma ótima oportunidade para você observar melhor o comportamento da turma.
Tempo: 1 aula
Local: a brincadeira pode ser feita na classe ou no pátio.
Materiais: um rolo de barbante e uma tesoura sem ponta.
Desenvolvimento:
Forme com os alunos uma grande roda e, em seguida, cada criança mede três palmos do cordão, corta para si e passa o rolo adiante. Sugira que cada um brinque com o seu pedacinho de barbante. Balançando o cordão no ar ou formando uma bolinha com ele, por exemplo, as crianças podem perceber sua textura, flexibilidade e versatilidade. Depois, toda a turma, incluindo o professor, cria no chão um desenho com o seu pedaço de barbante. Prontas as obras, o grupo analisa figura por figura. Comentários e interpretações são muito bem-vindos. Após percorrer toda a exposição, cada um desfaz o seu desenho e amarra ponta com ponta seu barbante aos dos vizinhos. Abaixados ao redor desse grande círculo feito de cordão, as crianças devem criar uma única figura. Proponha que refaçam juntos alguns dos desenhos feitos individualmente. No final, em círculo, a turma conversa sobre o que cada um sentiu no decorrer da brincadeira.
Enquanto as crianças escolhem, juntas, o desenho que irão fazer e colocam a ideia em prática, o professor aproveitará para observá-las. Nessa fase da brincadeira, surgem muitas ideias e cada aluno quer falar mais alto que o colega. Alguns buscam argumentos para as suas sugestões, outros ficam chateados, debocham da situação, ameaçam abandonar a roda e, às vezes, cumprem a palavra. O professor deve ficar atento ao comportamento da turma durante esses momentos de tensão. Eles serão produtivos se você abandonar sua posição de coordenador e deixar o grupo resolver seus impasses, ainda que a solução encontrada não seja, em sua opinião, a melhor.
Conclusão:
Por meio desse jogo, os alunos tomam consciência de seu potencial criativo e se familiarizam com as atividades em equipe. É muito interessante repetir a brincadeira com a mesma classe semanas depois.
É hora de comparar os processos de criação com o barbante, avaliando a evolução do grupo diante de um trabalho coletivo.
·      Resolvemos apresentar, em sala de aula, para os colegas de Pedagogia uma oficina sobre a importância do lúdico na educação.


2º jogo: de 0 a 5 anos

Objetivo: favorecer o autocontrole e as posturas engraçadas, em uma difícil procura.
Idade: 0 a 5 anos
Tempo aproximado: 10 minutos
Jogadores: 3 ou mais
Material: um objeto pequeno
Desenvolvimento:
1.  Escolher um objeto pequeno para esconder, por exemplo, um prendedor de roupa. Um jogador é destacado para escondê-lo onde achar conveniente.
2.  Todos os participantes cobrem os olhos com as mãos, enquanto o jogador o esconde. O objeto não deve ficar totalmente oculto, de forma que os jogadores possam vê-lo sem levantar de seus lugares.
3.  Uma vez escondido, os participantes começam a procurar o objeto.
4.  Os jogadores podem girar, esticar-se, fazer o que quiserem, mas não podem levantar-se do lugar em que estão sentados.
5.    Quando um jogador descobre o objeto, diz no ouvido de quem o escondeu e fica de fora à espera de que todos o encontrem.
6.  O jogo termina quando todos os jogadores conseguirem localizar o objeto.
É necessário que os professores trabalhem com diversos conhecimentos. Tais aprendizagens devem estar baseadas não apenas nas propostas dos professores, mas, essencialmente, na escolha das crianças e na compreensão do papel que desempenham a experimentação e o erro na construção do conhecimento.
Para que as aprendizagens infantis ocorram, é necessário que o professor considere:
·      A interação com crianças da mesma idade, e de idades diferentes, em situações diversas como fator de promoção da aprendizagem e do desenvolvimento da capacidade de relacionar-se;
·      Os conhecimentos prévios de qualquer natureza, que as crianças já possuem sobre o assunto, já que elas aprendem por meio de uma construção interna ao relacionar suas ideias com as novas informações de que dispõem e com as interações que estabelecem;
·      A individualidade e a diversidade;
·      O grau de desafio que as atividades apresentam e o fato de que devam ser significativas e apresentadas, de maneira integrada, para as crianças e o mais próximo possível das práticas sociais reais;
·      A resolução de problemas como forma de aprendizagem.
A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagens pelas crianças.
Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras que garantam a troca entre as crianças, a comunicação, o ambiente acolhedor e que propicie a confiança e autoestima.
Vários projetos relacionados ao faz-de-conta podem ser desenvolvidos, tais como a construção de um cenário para uma viagem intergaláctica, a confecção de fantasias para brincar de bumba-meu-boi; construir castelos de reis e rainhas, com histórias e contos de fadas etc.
Pode-se planejar um projeto de realização de um circo, definir personagens, materiais reciclados a serem utilizados e confeccionar fantasias para os pequenos, para que participem e criem pequenos circos em sala de aula.
Outros projetos que visem discutir a identidade cultural brasileira também são interessantes. Além disso, o diálogo pode-se planejar a realização de projetos específicos em que a questão alvo de preconceito seja trabalhada com as crianças.
Para que as observações não se percam e possam ser utilizadas como instrumento de trabalho, é necessário que sejam registradas. Existem muitas formas de registros, uma delas é o relatório. Pode-se também utilizar o diário de bordo ou o portifólio.
Parra que o professor trabalhe tais atividades, deve observar o cronograma abaixo com a estrutura proposta pelo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.

A alfabetização, sendo entendida como processo de sistematização da linguagem oral para a escrita, referencia-se na teoria de Emilia Ferreiro e outros estudiosos, tendo respaldo nos estudos de Jean Piaget, e concebe a alfabetização num processo construtivo sequenciado, o qual depende da globalidade das ações do aluno na construção do próprio saber.
O professor atua como orientador, mediador e/ou coordenador das atividades, o incentivador, provocador de conflitos cognitivos.
O aspecto afetivo sendo observado irá propiciar a criança o sentir-se aceita e compreendida, aprender a confiar nas pessoas que a cercam, sentindo-se segura, e expressar seus sentimentos e emoções, e tornar-se independente, autônoma, criativa e responsável.

Sugestões (EDITORA VOZES, 2005)

- Crianças de 2 a 3 anos

·      Possuem necessidade de manipular materiais diversos e precisam desenvolver os músculos e a imaginação. Necessitam conviver com outras crianças e observar o que as cerca e, muitas vezes, preferem brincar sozinhas e até manipular o próprio corpo.

- Crianças de 4 a 6 anos

·      Gostam de ser elogiados e têm tendência a emoções extremas.Adoram novidades e exigem troca constante e rápida de ações por se desinteressarem facilmente das atividades. Precisam de regras e limites, mas que desafiem sua imaginação. Começam a ter curiosidade sexual, apegam-se a familiares, preocupam com as diferenças. Elas necessitam de autocontroledas emoções diante de medos como: escuro, bichos. Adoram mostrar o que sabem.

- Crianças de 7 a 10 anos

·      Têm grande necessidade de movimentar e devem-se incentivar atividades esportivas que demandam esforço físico.Necessitam de motivação para o convívio social e as diferenças entre grande e pequeno, direita e esquerda, claro e escuro devem ser reforçadas, nas atividades lúdicas.Esta faixa etária necessita de atividades em áreas livres, jogos de equipes, autonomia e necessidade de aceitação dentro do grupo. Necessitam de atividades para trabalhar a sensibilidade, o ciúme, a autocrítica e o reconhecimento de dificuldades.


1)     Alunos de 0 a 5 anos
Descrição da atividade:
- Levar todos os alunos para a área externa da escola e propor atividades livres e lúdicas como:
·         Encher balões de diferentes cores e pedir que os alunos individualmente encham os balões com as cores mencionadas e os segurem com as duas mãos, tentando se equilibrar andando com o balão nas mãos sobre o meio fio.
·         Cores primárias.
Objetivo: desenvolver a lateralidade, o equilíbrio e identificaras cores primárias.

2)     Crianças de 6 a 10 anos

“Regiões Brasileiras”
·         Dividir a turma em grupos de 3 a 6 crianças.
·         Fazer um sorteio com o número das regiões.Cada grupo terá seu tema e/ou uma região a ser representada.
·         As crianças trabalharão as representações usando imagens, pinturas, gestos, falas e nomes, incluindo a interação e o trabalho em equipe.
·         O professor deverá ajudar os grupos a se organizarem, dividindo funções e papéis, como decorar textos, preparar apresentação, marcando os papéis e falas de cada um como se fosse uma brincadeira quebra-gelo.
·         Coordenar a apresentação incentivando, individualmente, cada membro do grupo com as falas dos personagens, para que haja entrosamento entre todos os alunos e grupos.
Objetivo: Socializar, adquirir conhecimentos sobre as regiões brasileiras, hábitos e costumes, alimentação (pratos típicos), festas etc.

- Soltar pipas em espaço livre e posterior produção textual sobre a atividade.



3º Relatório

O que nos levou a decidir pelas supracitadas atividades, em detrimento de outras que poderíamos elaborar, foi a simplicidade das mesmas à facilidade de aplicação pelos professores e o fato de que as crianças atualmente têm poucos momentos de brincar ao ar livre, por morarem, muitas vezes, em apartamentos ou casas muito pequenas, com espaços muito reduzidos.
Tais atividades enriquecem as possibilidades de comunicação, a expressão e a linguagem, representando um potente veículo de socialização.
É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem, partilhando significados e sendo significados pelo outro. Cada língua carrega sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a características e grupos sociais de culturas e grupos sociais singulares. As brincadeiras mais simples resgatam as antigas brincadeiras da infância e oportunizam o resgate de valores, a cooperação e a interatividade.
Este relatório visa apresentar a importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento do ser humano, numa perspectiva social, criativa, afetiva, cultural e histórica. Oportunamente refletir sobre o lúdico para crianças de zero a cinco anos é de fundamental importância, para que os docentes compreendam e relacionem as atitudes lúdicas ao desenvolvimento das crianças, e estabeleçam uma articulação entre a teoria e a prática educativa, como leituras específicas e vivências de atividades práticas, bem como aprendendo a utilizar tais atividades no contexto escolar, propiciando assim um melhor direcionamento do trabalho pedagógico.
Durante as atividades lúdicas, os educadores podem perceber traços da personalidade dos educados, de seu comportamento individual e em grupo, bem como seu ritmo de desenvolvimento.
Apresentamos, inicialmente, os jogos (ou brincadeiras) e atividades lúdicas para crianças de 0 a 5 anos.

Brincadeiras e atividades com crianças de até 4 anos:
- Jogos de memória;
- Recorte e colagem (papel picado, grãos etc.);
- Rasgar papéis;
- Confeccionar e colar;
- Pintura a sopro, a dedo, a pincel;
- Massinha de modelar;
- Argila;
-Faz de conta;
- Mímicas (rir, chorar, fazer careta, piscar) e muitas outras.
A intervenção intencional baseada na observação das brincadeiras das crianças, oferecendo-lhesmaterial adequado, assim como um espaço estruturado para brincar permite o enriquecimento das competências imaginativas, criativas e organizacionais infantis. Cabe ao professor, portanto, organizar situações para que as brincadeiras ocorram.
É preciso que o professor tenha consciência de que, na brincadeira, as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em sua atividade espontânea e imaginativa.
A organização de situações de aprendizagem orientadas, ou que dependem de uma interpretação direta do professor, permite que as crianças raciocinem logicamente.


4º Relatório

Trata-se de respeitar o ritmo da criança e transformar o espaço escolar, não apenas em espaço de aprendizagem, mas principalmente um espaço de encantamento e magia para que sintam o prazer de aprender.
A sala de aula construtivista deve ser instigante e despertar a curiosidade e o interesse das crianças e, desta forma,o gosto pelo aprender e a motivação interna para tal.A brinquedoteca nem sempre precisa ser um espaço à parte, mas, quando se tem uma sala de aula ampla, pode-se dividi-la em “cantinhos” com diferentes fins e um deles o da ludicidade.
É na interatividade com diferentes materiais e na interação com os seus pares que a criança desenvolve o seu cognitivo e desperta, ainda mais, a criatividade que lhe é inerente enquanto ser humano.Pode-se utilizar a criatividade e criar uma brinquedoteca com materiais reciclados e objetos alternativos que, originalmente, serviriam a outros fins, ofertando ao universo infantil a possibilidade de recriar, experimentar, interagir e desenvolver suas potencialidades.
Deve-se lançar mão de todos os recursos, a literatura (o cantinho dela, o material didático de sucata, a ludoteca, e até a ludoterapia), o faz-de-conta (o teatro) a pedagogia continuará a fazer de tudo para permitir o ser criança e aprender, manter a graça da incompletude, o frescor da imaturidade que há em cada criança.
Compete-nos levar a sério as indagações desestabilizadoras que vêm da infância real e nos remete a uma maturidade profissional teórica e pedagógica.
Trabalhar a ludicidade e o aprender, em torno da história e das representações sociais, oportuniza o enriquecimento do estudo, aproximando o universo infantil da história, da cultura, dos diversos gêneros literários e artísticos. Desenvolver a pluralidade das dimensões formadoral, mental, ética, cultural, emocional, criativa, imaginativa e identitária.
Os direitos da criança têm-se ampliado, ou têm-se compreendido mais abrangentemente a infância com a consolidação em estatutos, como o ECA.
Uma brinquedoteca criteriosamente preparada com materiais de sucata, com cores variadas e formas diversas propicia: o jogo simbólico, o mundo recreado e idealizado (imaginário e imaginativo), enfim a construção de uma ponte entre a fantasia  e a realidade, e a inserção da criança no mundo, bem como oportunizando-a para lidar com situações complexas pelo brincar (lidar com o não, com incertezas, com a dor, com o medo, a rejeição) e utilizando-se da brincadeira como um jeito de suavizar os problemas vivenciais.
Existe uma dualidade e uma performance escológica de reciprocidade e respeito ao outro e ao seu ritmo de desenvolvimento.    












CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para Vygotsky, as crianças, desde o nascimento, estão em constante interação com os adultos, que ludicamente devem incorporá-los a suas relações e a sua cultura.
É através da brincadeira, sob a mediação dos adultos, que os processos psicológicos mais complexos tomam forma. Inicialmente, estes processos são interpsíquicos (partilhados entre pessoas), isto é, só podem funcionar durante a intervenção das crianças com os adultos, mas à medida que crescem, eles passam a ser executados dentro da própria criança (intrapsíquicos), é o que nos diz a Psicologia.
Ainda segundo Vygotsky, as funções psicológicas emergem e se consolidam no plano da ação entre as pessoas e tornam-se internalizadas, isto é, transformam-se para construir o funcionamento interno. A ludicidade é a melhor porta de entrada para a internalização fundada nas ações, nas interações sociais e na linguagem.
Sabe-se que o jogo possibilita a construção do conhecimento, segundo Almeida (2004), enquanto a criança joga, ela estabelece metas, explora estímulos, rompe obstáculos, cria motivação, antecipa resultados, simboliza o faz-de-conta, analisa possibilidades, cria hipóteses, enfim, constrói o saber, portanto a brinquedoteca deve ser também o espaço do jogo e do desenvolvimento psicomotor. Através do jogo lúdico, o educador, segundo Friedmann (1996, p. 70) pode observar:
·      As habilidades dos alunos;
·      O grau de iniciativa, criatividade, autonomia e criticidade;
·      A verbalização e a linguagem;
·      A construção do conhecimento (raciocínio, memória, atenção, concentração e argumentação);
·      O desenvolvimento psicomotor – esquema corporal, lateralidade, equilíbrio, coordenação motora, organização espaço-temporal, ritmo e controle respiratório.
E concordando com a tese do Lopes (2002, p. 35), os objetivos da ludicidade no contexto escolar permitem:
·      Trabalhar a ansiedade;
·      Rever limites;
·      Ampliar a autocapacidade de realização;
·      Desenvolver a autonomia;
·      Aprimorar a coordenação motora;
·      Desenvolver o controle seguimentar;
·      Aumentar a atenção e a concentração;
·      Desenvolver antecipação estratégia;
·      Trabalhar a acuidade e a discriminação auditiva;
·      Ampliar o raciocínio lógico;
·      Perceber a figura e o fundo;
·      Desenvolver a criatividade; e ser criança, mas continuar aprendendo e se desenvolvendo.





















REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiene, saúde. Brasília: MEC/SEF, 1994.
_______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, 1998.
_______. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília: Ministério da Educação, 1999.
BORDIEU, Pierre. Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 1998. 
CARNEIRO, Sônia Maria Marchiorato. A dimensão ambiental da educação escolar de 1.ª- 4.ª séries do ensino fundamental na rede escolar pública da cidade de Paranaguá. Educ. Rev., 1999.
CONTET, Laurent. Filme: Entre os muros da escola. 
CUNHA, Paulo; Montanari, Valdir. Evolução do Bicho-homem [Desafios]. São Paulo: Moderna, 1999.
DEBESSE-ARVISET, M. I. A escola e a agressão ao meio ambiente: uma revolução pedagógica. São Paulo. Difel, 1994.
DURKHEIM, Émile. Sociologia de Durkheim. São Paulo: Martins Fontes, 1995. (Coleção Tópicos).
FERREIRA, Marieta de Moraes. Memórias da História: nossa história. São Paulo: Biblioteca Nacional, v. 1, n. 8, jun. 2004.
FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação – Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Moraes, 1980.
OLIVA, Jaime; GIANSANTI, Roberto. Espaço e Modernidade: Temas da Geografia do Brasil. São Paulo: Atual, 1999.
THOMPSON, Raul. A voz do passado. São Paulo: Paz e Terra, 1988.
TORRES, P.L. (Org.). Uma leitura para os temas transversais: ensino fundamental. Curitiba: SENAR, 2003.

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