Para fazermos uma análise
da função social da escola, lemos num artigo de Sheibel (2006) que função social
do ensino e suas implicações didático-pedagógicas abordam questões específicas
da função social da escola nesta época da tantas mudanças e de tantas informações.
Ao lermos o livro de
contos “Negrinha” escrito por Monteiro Lobato, refletimos que nenhuma concepção
educacional é neutra, e percebemos a importância de se ter clareza da função
social da escola e do homem que se quer formar, o que é fundamental para que o
educador realize uma prática pedagógica competente socialmente comprometida, particularmente
num país de contrastes como o Brasil, onde convivem grandes desigualdades econômicas,
sociais e culturais.
Ao comentar o projeto
com os acadêmicos do curso de pedagogia da Universidade Anhanguera - Polo
Sobradinho-DF, os mesmos perceberam que formar cidadãos não é tarefa apenas da
escola. No entanto, como local privilegiado para se trabalhar o conhecimento,
reconheceu-se que a escola tem grande responsabilidade nessa formação.
Comentemos que nas
escolas, crianças e jovens por certo número de horas, todos os dias, durante
anos de suas vidas, têm a possibilidade de construir saberes indispensáveis
para a inserção social, portanto, cabe aos professores (educadores), em sua prática
docente, propiciar situações de aprendizagem que levem ao desenvolvimento de
habilidades, competências e de conteúdos que possam responder às necessidades
dos alunos no meio social (contexto em que vivem).
Nessa perspectiva, as
crianças não podem ser tratadas apenas como “cidadãos em formação”, visto que já
fazem parte do corpo social e, consequentemente, devem ser estimuladas a
exercitar sua condição de cidadãos, desenvolvendo colaborativamente projetos em
relação ao conjunto da sociedade. É preciso que a escola traga para dentro de
seus espaços o mundo real do qual fazem parte.
Segundo a concepção sócio-histórica
ou sociointeracionista de Vygotsky, os conhecimentos são desenvolvidos pela
interação entre a criança, o meio, o objeto e as pessoas. A linha pedagógica de
Vygotsky ainda prevê que o conhecimento utilizado no currículo deve ser
interdisciplinar e contextualizado, mas levando-se em consideração a
historicidade dos assuntos em questão para a construção do referido
conhecimento.
Lendo Urupês, escrito
por Lobato, percebemos que o escrito realmente estava cem anos adiante de sua época.
Nesta obra, as estratégias mentais do leitor são estimuladas e, conforme
Vygotsky, o conceito de zona de desenvolvimento proximal se efetiva na interação
leitor e obra, e se estabelece novas estratégias prontas para serem aprendidas
pela reflexão que a obra provoca. Ele privilegia a interação entre o meio e a
aprendizagem contida na obra, produzindo assim relações afetivas e mentais no
leitor.
Responder as necessidades do aluno no contexto em que vivem é transformador e inspirador , mas na prática o que vemos sao alunos sendo espremidos para caberem em modelos que sao fistantes de suas realidades.
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