O papel do tutor deve ser o de
mediador da aprendizagem junto aos acadêmicos, bem como o de dar suporte aos
cursistas para que realizem as atividades previstas. Deve também estimulá-los
propondo a realização das tarefas de forma colaborativa.
As
mudanças aceleradas pelas quais passa a sociedade do conhecimento mostram-nos
transformações irreversíveis em todos os segmentos que, comparados com as
alterações ocorridas durante toda evolução da humanidade, só tendem a aumentar,
uma vez que existe uma rede de informações e conhecimentos que se multiplica e
interfere diretamente na atual realidade.
Todas
as mudanças provocadas por esses avanços estão presentes nas dimensões da nossa
vida. Elas vêm colaborando para transformar e melhorar a humanidade. Desde a
época da máquina a vapor, chegando hoje, as redes virtuais de aprendizagem que
tem contribuído para a extraordinária expansão da informação, do conhecimento e
a diminuição das distâncias.
Novas
atitudes, novos aperfeiçoamentos, novos hábitos e novos espaços surgiram. A
esta evolução não tem como retornar. Ela nos convida, se é que não obriga, a
convivermos e adaptarmo-nos, realizando relações de entendimento para com essas
modificações, ajudando-nos a compreendê-las.
Então,
paremos e pensemos na grande repercussão emergida da evolução das novas
tecnologias. Isso constitui certamente nos novos espaços e nas novas formas de
relacionamento: de negócios, de educação, de lazer e pessoais. A importância
gerada por meio disto na sociedade está propagada em todos os seus segmentos.
Não se pode avaliar ou indicar com precisão onde as novas tecnologias levarão o
homem neste novo milênio, porém se sabe das múltiplas utilizações e benefícios
que elas nos oferecem principalmente na educação.
Deste
modo, pretende-se identificar a importância do papel das Tecnologias da
Informação e Comunicação (Tecnologias) no contexto escolar seja ele presencial
ou a distância. É perceptível para todos os educadores que já aderiram as Tecnologias
que a educação ainda não conseguiu se adequar a mudança que vem ocorrendo na
Sociedade da Informação. Para tal, seria importante refletir e entender sobre a
importância das Tecnologias no currículo, assim como perceber o papel do
professor na utilização das mesmas.
Ao
abordarmos as Tecnologias no contexto educacional é fundamental perceber o
papel que a aprendizagem e as novas tecnologias desempenham dentro desta
Sociedade da Informação e do Conhecimento. Assim, na sociedade atual, conceitos
como aprendizagem, informação e conhecimento tornam-se indispensáveis numa
escola que tem um papel decisivo na formação dos alunos.
Sabemos
que atualmente na Sociedade da Informação, ter acesso à informação é ter acesso
ao poder, e ter acesso as tecnologias é questão de cidadania, de inclusão
social e digital. É um fato de que as novas tecnologias assumem hoje em dia uma
dimensão inegável na sociedade, por isso, importa refletir sobre o lugar que
elas ocupam e as novas funções que elas podem desempenhar.
Ensinar
utilizando as Tecnologias pressupõe uma prática planejada na qual os alunos têm
novas formas de acesso ao conhecimento que poderão culminar em novas formas de
aprendizagem. Segundo Kenski (2008), a apreensão do conhecimento, na
perspectiva das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e informação, ao ser
assumida como possibilidade didática, exige que, em termos metodológicos,
também se oriente a prática docente com base em uma nova lógica. Compreender
este novo mundo com uma nova lógica, uma nova cultura, uma nova sensibilidade,
uma nova percepção.
É
necessário desenvolver esta forma de conhecimento, não mais como uma
perspectiva estrutural e linear de apresentação metodológica do conteúdo a ser
ensinado, mas sim como outra lógica, baseada na exploração de novos tipos de
raciocínios nada excludentes e que enfatizem as mais variadas formas de
reflexões entre as áreas do conhecimento envolvendo aspectos em que a
racionalidade se mistura com a emocionalidade para um maior entendimento desta
construção conjunta do saber. Segundo Kenski (2008), nesta abordagem alteram-se
principalmente os procedimentos didáticos, independentemente de uso ou não das
novas tecnologias em suas aulas. É preciso que o professor, antes de tudo,
posicione-se não mais como o detentor do monopólio do saber, mas como um
parceiro, um pedagogo, no sentido clássico do termo, que encaminhe e oriente o
aluno diante das múltiplas possibilidades e formas de alcançar o conhecimento e
de se relacionar com ele.
Seríamos
convidados então, a refletir estratégias que as Tecnologias possuem para uma possível
e efetiva reorganização curricular de modo a contribuir para uma nova relação
da escola com o saber e o conhecimento.
O
que verificamos na prática escolar presencial que já utilizam equipamentos
tecnológicos de última geração, é que, apesar deles, muito pouca coisa se
alterou no processo de ensino. Segundo Kenski (2008), de forma geral as escolas
continuam com as mesmas propostas curriculares. Ao não alterar a estrutura da
escola e do ensino para poder complementar o uso das Tecnologias, a escola
compromete seu ensino e qualifica o meio digital como um recurso caro,
sofisticado e que, mais uma vez, é considerado como não funcional.
Para
que as Tecnologias não sejam vistas como um modismo que vem e irá logo passar,
mas com o olhar relevante e com o poder educacional transformador, é preciso
que haja uma reflexão sobre o processo de ensino de maneira global.
É necessário, antes de tudo, que os
envolvidos neste processo estejam preparados para assumir novas perspectivas
filosóficas, que contemplem visões inovadoras de ensino e de escola,
aproveitando-se das amplas possibilidades comunicativas e informativas das
novas tecnologias, para conscientização de um ensino crítico e transformador de
qualidade.
Atualmente, pesquisas mostram que a percentagem de professores que
utilizam as Tecnologias ainda é muito baixa, pois pode ser justificado por
alguns fatores:
Nas licenciaturas os professores não
recebem formação da informática de base;
Os professores que estão em sala de
aula não se atualizam, principalmente porque há certa desconfiança das pessoas
que têm mais de 50 anos;
As condições das escolas são
desencorajadoras da utilização maciça das Tecnologias. São poucas salas
preparadas para esta finalidade e quando possui, só disponibiliza um computador
ligado a internet;
Alguns professores que procuram
aprender alguma coisa sobre as Tecnologias deparam com a dificuldade de
entender o que são as Tecnologias, como funciona um computador, o que é a WWW,
o correio eletrônico, o FTP, o HTML, como digitar imagens e prepará-las para
publicação em páginas web, como ligar um modem, etc. Este panorama afasta
aqueles que gostariam de saber como utilizar as Tecnologias.
A
escassez de conteúdos psicopedagógicos em língua portuguesa afasta o interesse
dos alunos.
Apesar de ainda reduzido o número de
professores que fazem uso das Tecnologias, para os que fazem uso dela, ainda se
encontram algumas barreiras metodológicas: estes profissionais ainda sentem-se
inseguros, e também existe uma grande falta de motivação dos professores que
ainda não utilizam e seria importante que entendessem que eles mesmos poderiam
ser os produtores dos conteúdos a serem utilizados. A troca de experiências, de
conteúdos, de estratégias torna cada professor num autor de materiais.
É importante lembrarmos que a
nova geração de educadores deverá ter mais facilidade com a informática e quem
não conseguir ficará a margem dos próprios alunos. Precisam perceber também que
o contato com estas tecnologias é capaz de ampliar seus horizontes e acessar
novas possibilidades pedagógicas.
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